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Meningite deixa São Paulo em estado de alerta

Confira as orientações da Dra. Thais Bustamante sobre a vacinação de crianças e adultos
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A cidade de São Paulo vem registrando nas últimas semanas alguns casos de meningite
meningocócica do tipo C, especialmente na região Leste. A doença pode evoluir rapidamente para uma forma grave, se não diagnosticada e tratada precocemente.


Os registros ocorreram em bebês, adultos e idosos. Ou seja, é preciso atenção qualquer que seja a faixa etária. Este não é o primeiro surto na cidade este ano. Segundo o Ministério da Saúde, somente em 2022 já são quase 6 mil casos e mais de 700 óbitos pela doença. 


A meningite é uma doença que mata e pode deixar graves sequelas, principalmente a
bacteriana. A vacinação é a forma mais eficiente para proteger contra a doença e precisa ser realizada por toda a população, se possível, afirma a pediatra e neonatologista Dra. Thais Bustamante.


“A vacina que protege contra a meningite tem uma durabilidade de cinco anos. Assim, as
crianças que fizeram o esquema completo desde o nascimento, incluindo o reforço entre 5 e 6 anos, não precisam de um novo reforço agora. Mas aquelas que estão com mais de 10 anos ou que não tomaram o esquema completo quando menores, é importante tomar uma nova dose da vacina”, explica.


Segundo a Dra. Thais, pelo fato de estarmos em uma situação de surto, adolescentes e adultos que não tenham tomado nenhum reforço nos últimos 5 anos, ou que não tenham a carteirinha de vacinação, devem se vacinar por prudência.


“Esta medida visa evitar a circulação do meningococo nos domicílios, nas escolas e nos
ambientes de trabalho, para que a doença não siga se propagando”.

Meningite Meningocócica
A meningite meningogócica é transmitida por um grupo de bactérias chamadas meningococos, que provocam uma inflamação na meninge, que é a membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal.


Há diversos tipos de meningites, que podem ser causadas por fungos, vírus ou outros tipos de bactérias. As bacterianas, como a que vem se espalhando pela cidade, são em geral as mais preocupantes e têm transmissão por via respiratória, ou seja, de pessoa para pessoa, por meio das gotículas e secreções do nariz e da garganta, eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo pela fala.

Outros tipos de meningite podem ser transmitidas por contato entre pessoas e objetos
infectados, pelos alimentos ou por picada de inseto.


Sintomas e diagnóstico
É sempre importante estar atento aos sintomas e procurar atendimento médico em caso de dúvidas. A meningite pode evoluir rapidamente para quadros mais graves, deixando sequelas neurológicas, auditivas e dores crônicas se não houver atendimento médico o quanto antes.


Os primeiros sinais são, em geral, febre, dor no corpo, dor de cabeça, vômito, aparecimento de manchas na pele e rigidez na nuca. Há variação dos sintomas conforme a idade do paciente.


Nos bebês, baixa atividade, irritabilidade, choro intenso, inquietação, recusa alimentar,
diarreia e fontanela abaulada (moleira) são alguns sinais que merecem atenção. Nas crianças mais velhas e adultos, podem ocorrer sonolência, dores nas articulações e aversão à luz.


Para confirmar o diagnóstico, após avaliação física, serão indicados exames laboratoriais. O tratamento é feito por meio de antibióticos e outros medicamentos para alívio dos sintomas.


Devemos nos vacinar?
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) vem ampliando as indicações para a vacina contra a meningite frente aos casos que estão surgindo no país. É provável que estas recomendações sigam incluindo cada vez mais grupos, conforme as notificações e capacidade de atendimento da rede de saúde.


A vacina meningocócica C (Conjugada) já faz parte do Calendário Nacional de Vacinação, sendo indicada em duas doses, aos 3 e aos 5 meses de idade, com um reforço preferencialmente aos 12 meses de idade.


Neste momento, a vacina foi estendida também para crianças até 10 anos que não tenham sido vacinados ainda, com uma dose da meningocócica C. Os trabalhadores de saúde, mesmo com o esquema vacinal completo, podem se vacinar com mais uma dose.


Já a vacina meningocócica ACWY, disponível para a faixa etária não vacinada entre 11 e 12 anos, segundo o Calendário Nacional de Vacinação, foi ampliada para quem tem entre 13 e 14 anos.


Nas regiões da capital onde os casos foram registrados nos últimos dias, a vacina está disponível para moradores e trabalhadores, de 3 meses a 64 anos de idade. Para receber a
vacina nestes locais, é preciso apresentar comprovante de residência ou de trabalho nas
proximidades.


Para aqueles que tenham a possibilidade de recorrer à rede privada para tomar a vacina, é
possível encontrar a quadrivalente ACWY, que inclui proteção contra a Meningite tipo C. A recomendação é a administração em duas doses até um ano de idade, reforço aos 12 meses, outros reforços entre 5-6 anos, 11 anos e 16 anos. A vacina também pode ser aplicada em adultos.

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© 2021 por Lavhele Tecnologia. Criado com Wix.com. Jornalista responsável: Monica Kulcsar, Mtb 53.329/SP. 

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