Bebê prematuro: chegamos em casa, e agora?
- Giselle Aguiar Pires
- 25 de mar. de 2022
- 3 min de leitura

A Organização das Nações Unidas (ONU) apontou, nos últimos anos, que partos prematuros são a principal causa de morte de crianças menores de cinco anos. No Brasil, o número é ainda maior. São quase 12% dos bebês que chegam ao mundo antes de completar 37 semanas de gestação.
Quanto mais prematuro for o nascimento do bebê, mais imaturos serão seus órgãos e maior será o risco de complicações, especialmente se nascidos antes de 34 semanas de gestação. O tempo de internação varia conforme o estado de saúde do bebê e suas necessidades.
O meu bebê prematuro
O parto prematuro é aquele que acontece antes das 37 semanas de gestação que, em geral, dura até 42 semanas em seu ciclo completo.
Há três classificações de prematuridade: extremos, intermediários e tardios. Confira as características de cada um deles.
- Prematuro extremo
Bebês que vieram ao mundo antes das 28 semanas de gestação e apresentam um estado de saúde extremamente frágil.
- Prematuro intermediário
Nascidos entre 28 e 34 semanas – período com mais casos de prematuridade. Assim como os extremos, ainda não têm seus órgãos totalmente formados. Estes bebês geralmente precisam de recursos médicos imediatos e terapias especiais até que estejam prontos para ir para casa.
- Prematuro tardio
Partos realizados entre a 34ª e a 37ª semana de gestação, é o grupo que corre menos riscos de vida em comparação aos anteriores, mas ainda pode necessitar de cuidados especiais.
Principais causas
Algumas complicações podem ser identificadas ao longo da gestação e apontar para um possível nascimento prematuro. Muitas delas poderão ser monitoradas e, tomadas algumas medidas preventivas, o parto será realizado a termo, sem riscos ao bebê ou à gestante. Em outros casos, as medidas terão o objetivo de adiar por algumas semanas o parto, permitindo ao bebê um tempo maior dentro do útero para que se desenvolva o máximo possível e tenha menos intercorrências após o nascimento. Por este motivo, o pré-natal é tão importante, assim como a escolha de um pediatra ainda durante a gestação.
Confira a seguir as principais causas de parto prematuro:
Infecções
Abertura do colo do útero
Colo do útero curto
Descolamento prematuro da placenta
Diabetes gestacional
Pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial na gravidez)
Partos prematuros anteriores
Rotura prematura da bolsa
Tabagismo
Miomas
Gravidez gemelar
Chegamos em casa, e agora?
Os pequenos costumam ser liberados para ir para casa quando já estão se alimentando bem e ganhando peso, geralmente por volta da semana correspondente à 36ª de gestação. No caso de gêmeos, pode acontecer que um seja liberado antes do outro, uma vez que cada um está se desenvolvendo individualmente.
Após receber todas as orientações necessárias para cuidar do seu bebê em casa, atenção para alguns detalhes importantes.
Amamentação
Este é um processo que poderá começar ainda na maternidade. Lembre-se que a amamentação é a melhor fonte de nutrientes para o recém-nascido, especialmente o prematuro. Por isso, dê o peito em livre demanda, sempre que ele quiser. Em alguns casos, poderá ser necessário recorrer à fórmula infantil.
Sono
O bebê deve ser colocado para dormir de barriga para cima, de preferência em um berço ou moisés , no mesmo ambiente da mãe, para que sejam reduzidos os riscos de morte súbita. Evite o excesso de roupas. Nos primeiros meses, não são necessários cobertores ou mantas, almofadas, travesseiros, bichos de pelúcia e outros acessórios dentro do berço.
Vacinas
Siga o calendário de vacinações indicado pelo pediatra do bebê, de acordo com sua idade cronológica, ou seja, acompanhando as doses dos bebês nascidos na mesma data. Vale ressaltar que os adultos que têm contato com o pequeno também devem ter suas carteiras de vacinação atualizadas, evitando contaminações que possam ser transmitidas a ele.
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