Dengue: sempre é tempo de estar alerta
- Giselle Aguiar Pires
- 17 de mar. de 2022
- 2 min de leitura
Sintomas que se confundem a outras doenças, inclusive a Covid-19, dificultam o diagnóstico. Conheça aqui as principais características da dengue e o que fazer em caso de suspeita

A pandemia da Covid-19 e o medo de uma possível contaminação fizeram com que muitas pessoas se esquecessem de outra doença que afeta com frequência a saúde dos brasileiros, incluindo as crianças: a dengue.
Esta infecção viral transmitida através da picada do mosquito Aedes aegypti oferece grandes riscos para as crianças, uma vez que suas condições orgânicas favorecem a evolução para formas mais graves não só da dengue, mas também chikungunya, zika e febre amarela.
A dengue nas crianças
A dengue nas crianças pode acontecer de forma assintomática ou confundir os pais com os sintomas comuns. Alguns sinais mais específicos podem servir de alerta para o diagnóstico: fraqueza, sonolência, recusa da alimentação e de líquidos, vômitos e diarréia que persistem por mais de 24h.
Os menores de dois anos, em especial bebês de até seis meses, também sentem com frequência dores de cabeça, ao redor dos olhos, nas articulações e musculares, porém manifestadas normalmente por choro persistente e irritabilidade.
É importante ressaltar que o início da doença pode passar despercebido e ela só ser identificada em uma fase mais avançada, fazendo com que só cheguem ao atendimento médico quando o estado é mais grave - diferente do que acontece com os adultos, que têm sintomas graduais e sinais de piora detectados mais facilmente.
Por isso, em caso de vômito, dores abdominais e febre, é importante que um médico seja procurado imediatamente para examinar a criança e orientar corretamente.
Atenção: em caso de hemorragia, com sangramento nasal, gengival ou pelas vias urinárias, é necessário levar ao pronto-socorro imediatamente.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da dengue é confirmado através de exames laboratoriais, como exame de sangue e testes específicos para a dengue, como o Antígeno NS1 e dosagem de anticorpos. Estes precisam ser realizados preferencialmente entre o terceiro e quinto dia do aparecimento dos sintomas e devem sempre ser analisados pelo médico.
Confirmada a infecção, o tratamento é feito através de hidratação abundante com soro oral, podendo ser complementada com líquidos como água, sucos de fruta ou água de coco. Em caso de dor ou febre, é indicado o uso de um antitérmico.
Importante: em caso de suspeita de dengue, não medique sem antes consultar um médico. Alguns antitérmicos e anti-inflamatórios são contraindicados e podem agravar o quadro, aumentando o risco de sangramentos e hemorragias.
Dengue ou Covid-19?
Alguns sintomas são parecidos, mas, em geral, o agravamento dos sintomas da Covid-19 não costuma ser tão acelerado quanto o da dengue. Atenção aos sintomas! O erro no diagnóstico pode colocar em risco o paciente e todos à sua volta.
Sintomas comuns às duas doenças
febre alta
dor de cabeça
cansaço
dores no corpo
diarreia
Covid-19
tosse seca
perda de olfato e paladar
dor de garganta
falta de ar
nariz escorrendo
espirros
Prevenção: para os maiores de 6 meses, confira aqui matéria completa sobre repelentes, que são uma forma eficaz de prevenção contra a picada do mosquito transmissor da dengue e de diversas outras doenças.
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