A rinite alérgica e as crianças
- Giselle Aguiar Pires
- 24 de ago. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 21 de set. de 2022

A rinite alérgica é uma doença crônica da mucosa do nariz, que pode afetar adultos, mas também as crianças. Para os pequenos, além de diminuir a qualidade de vida, acaba afetando o desempenho escolar e social. A rinite também pode estar associada a outras doenças, como asma, conjuntivite, sinusites , otites e dermatite. O impacto na saúde pode ser ainda maior caso a criança passe a respirar pela boca.
Os principais sintomas da rinite alérgica são espirros seguidos ou em crises, coriza aquosa, obstrução nasal e prurido. Estes sintomas geralmente aparecem após a exposição a alérgenos como poeira, ácaros, baratas, fungos, pêlo de animais como cão e gato ou polens, ou causados por poluentes ambientais, como fumaça de cigarro.
Não confunda: infecções virais, como gripes e resfriados, podem ser confundidas com rinite alérgica, mas estas em geral estão associadas a febre, o que não acontece na rinite.
Diagnóstico e tratamento
A rinite alérgica pode iniciar em qualquer fase da vida, mas é mais comum que os primeiros sinais surjam ainda na infância ou na adolescência, atingindo igualmente meninos e meninas. O diagnóstico pode ser confirmado por meio de testes alérgicos, quando necessário.
Uma vez confirmada, o tratamento é feito com medicações, para controle da inflamação da mucosa nasal, além de antialérgicos e corticóides tópicos nasais, quando necessário. O pediatra também orientará sobre medidas para controlar o ambiente, afastando os alérgenos e poluentes mais prejudiciais.
Nos casos em que o controle com medicações e ambiental não surte efeito, pode ser indicada a imunoterapia (“vacinas” para alergia), sempre sob orientação médica e individualizada.
Atenção
Em caso de suspeita, leve seu filho ao pediatra e jamais tente medicar sem orientação. A automedicação pode acarretar danos à saúde, agravar o problema e expor a criança a riscos desnecessários.
Fique de olho
Conheça os principais sinais de rinite alérgica e converse com o pediatra caso haja qualquer suspeita.
obstrução nasal frequente ou persistente
respiração pela boca
roncos noturnos
coceira frequente no nariz, olhos e/ou ouvidos
crises de espirros, nariz escorrendo o tempo todo, lacrimejamento ocular e olhos vermelhos e inchados
tosse persistente ou em crises e dores de cabeça
“resfriados” que demoram a melhorar
Como evitar as crises
Para evitar as crises e melhorar consideravelmente a qualidade de vida do portador de rinite alérgica, algumas medidas relacionadas aos ambientes em que vamos passar a maior parte do tempo é fundamental. Confira as dicas e mãos à obra!
manter a casa arejada e ensolarada
evitar umidade ou vazamentos e evitar o uso de umidificadores de ar por tempo prolongado
evitar carpetes, tapetes, cortina de tecido, almofadas e bichos de pelúcia, sobretudo no quarto
bichos de pelúcia devem ser guardados ensacados com plástico e lavados periodicamente
retirar o pó com pano úmido ou aspirador, evitando vassouras e espanadores
aspirar colchões, sofás e poltronas semanalmente
proteger colchão e travesseiros com capas impermeáveis, que devem ser limpas com pano úmido semanalmente
lavar roupas de cama semanalmente, de preferência com água quente (acima de 60ºC)
substituir cobertores de lã por edredons, que possam ser lavados com frequência
não permitir o fumo dentro de casa, no carro ou próximo da criança
Você sabia?
Um dos principais inimigos do portador de rinite alérgica é o ácaro. Estes seres microscópicos se alimentam de detritos da poeira e preferem ambientes com pouca luminosidade e elevada umidade. Em um travesseiro é possível encontrar mais de 100 mil ácaros. No colchão, então, podemos chegar a alguns milhões.
Por isso a importância do uso das capas impermeáveis para colchões e travesseiros, entre outras medidas que citamos a seguir. E não resolve comprar colchões e travesseiros novos, pois em poucos meses já estarão cheios de ácaros novamente.
Comments