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As principais dificuldades na amamentação até os 2 anos


Além de trazer inúmeros benefícios para a saúde do bebê, amamentar ajuda a fortalecer os laços entre mãe e filho. No entanto, algumas intercorrências podem dificultar essa ação, e podem aparecer já nos primeiros dias após o parto.


A realidade é que muitas mulheres ficam frustradas, carregam um sentimento de culpa e de incapacidade ao enfrentar problemas para amamentar, mas a boa notícia é que essas intercorrências são comuns e podem ser evitadas e/ou tratadas.


A principal orientação, desde o início, é observar a posição para a amamentação, tanto da mãe como do bebê. A correta pega e a livre demanda ainda são as principais recomendações para evitar os principais problemas que veremos a seguir. Em caso de dúvidas, o médico pediatra ou uma consultora de amamentação poderão ser muito importantes para solucionar dúvidas e saber como agir diante das dificuldades.


Ingurgitamento mamário (ou Leite “empedrado”)

Mesmo após alguns meses, ainda pode acontecer o acúmulo de leite na mama, o chamado ‘leite empedrado’. Esta situação dificulta a sua saída, deixando a mama endurecida e inchada, a pele avermelhada e bastante dolorida.


As causas desse problema são, em geral, o esvaziamento incompleto da mama, seja pelo fato do bebê não sugar todo o leite produzido ou a mulher não ordenhar a quantidade necessária, seja pelo uso da técnica incorreta, atraso no horário da amamentação ou a oferta de fórmula junto da amamentação.


Para tratar esta situação, podem ser adotadas as seguintes medidas:


  • Retirar o excesso de leite por meio de ordenha manual

  • Se necessário, realizar compressas mornas e massagem nas mamas para facilitar a saída do leite, cerca de 10 minutos antes das mamadas

  • Compressas frias após a amamentação, para diminuir a inflamação das mamas

  • Massagear suavemente os gânglios linfáticos nas axilas com movimentos circulares


Fissura mamária

Rachaduras no mamilo , geralmente, acompanhadas de dor e sangramento, são causadas por ressecamento dos mamilos, mas principalmente pela pega incorreta do bebê nas mamadas.


Essa intercorrência pode ser tratada com a correção da pega e, eventualmente, pomadas ou outros tratamentos indicados por um especialista. Espalhar algumas gotas do próprio leite materno e deixar secar naturalmente após cada mamada é uma ótima medida cicatrizante natural.


Caso a dor persista e seja muito intensa, impossibilitando a amamentação, as alternativas podem ser um bico de silicone para amamentar ou ordenhar o leite e dar ao bebê, preferencialmente com uma colher ou diretamente em um copo pequeno. Mamadeiras, copos com bicos ou canudos devem ser evitados, pois podem levar à confusão de bicos e prejudicar a amamentação.


É também importante evitar as receitas caseiras, pomadas ou medicamentos sem a indicação de um médico, que poderão agravar ainda mais o quadro e até mesmo contaminar o bico do seio com bactérias e outros microrganismos, que acabarão em contato com o bebê na mamada seguinte.


Baixa produção de leite (Hipogalactia)

A maioria das mulheres produzem leite suficiente para alimentar seus bebês e, geralmente, as queixas de baixa produção ou de “leite fraco” são reforçadas por insegurança, ansiedade e falta de rede de apoio das lactantes, que acabam tendo a sua amamentação prejudicada.

Caso a quantidade de leite realmente esteja insuficiente, isso será constatado pelo pediatra, através da avaliação de seu crescimento e do ganho de peso, durante as consultas. Nesses casos, o especialista poderá orientar sobre alterações na rotina da amamentação e, em último caso, a complementação com fórmulas para complementar a alimentação.


Antes disso, algumas questões serão verificadas, pois podem colaborar para aumentar a produção de leite. Entre elas, estão a oferta em livre demanda e a avaliação do posicionamento e da pega do bebê.


É também muito importante que a lactante mantenha uma alimentação equilibrada e preste atenção na ingestão de líquidos ao longo do dia. A hidratação é fundamental para a produção de leite.


Muita produção de leite (Hipergalactia)

A produção excessiva de leite não prejudica a saúde do bebê, mas pode causar algumas das intercorrências mencionadas acima, como o ingurgitamento mamário e a mastite, além de dificultar o processo da amamentação. É comum as mamães amedrontadas porque seus bebês engasgam com muita frequência no seio materno e também queixas de bebês inquietos, irritados ao seio, que não conseguem mamar tranquilamente.


O primeiro passo é o ajuste da postura de mamada: tentar encontrar uma postura em que o bebê esteja com a cabeça sempre mais elevada do que o seio da mãe, desta forma a gravidade irá auxiliar na diminuição do fluxo de leite.


Se os ajustes posturais não forem suficientes, pode-se utilizar outras estratégias:


  • diminuir o tempo de mamada com consequente aumento da sua frequência

  • realizar a ordenha antes da mamada , objetivando diminuir o primeiro reflexo de ejeção do leite

  • levar o bebê ainda sonolento ao seio , uma vez que a força de sucção pode ser menor

  • sustentar a mama utilizando os dedos “em tesoura” durante a mamada na tentativa de obstruir parcialmente a saída do leite


Mastite

O excesso de leite nas mamas, ou ingurgitamento mamário, pode eventualmente evoluir para um processo inflamatório, chamado mastite, que é causado pela obstrução dos ductos mamários ou pela entrada de bactérias nas mamas.


Geralmente, a mastite afeta apenas uma mama e, entre seus sintomas, estão inchaço, dor, vermelhidão e endurecimento das mamas, e pode estar acompanhada de febre, mal-estar, náuseas e vômitos.


Esse quadro deve ser tratado o mais rápido possível para evitar seu agravamento. O diagnóstico é dado por um médico ginecologista/obstetra e o tratamento mais comum é o uso de medicamentos, como anti-inflamatórios e antibióticos. Se possível, a amamentação não deve ser interrompida, pois auxilia, inclusive, no tratamento da inflamação.


Alguns hábitos simples podem ajudar na prevenção da mastite:


  • Esvaziar as mamas após amamentar

  • Amamentar na frequência solicitada pelo bebê, evitando que a mama fique muito cheia

  • Variar as posições de amamentação

  • Evitar o uso de roupas muito apertadas


Candidíase

Caracterizada pela infecção por um fungo, a candidíase pode atingir mamilo, aréola e ductos. Os principais sintomas são pele do mamilo e aréola fina, avermelhada e às vezes descamando, coceira, ardência, dor em agulhadas, sensação de queimação durante as mamadas. Em caso de suspeita, um médico deve ser procurado o mais rápido possível. O tratamento geralmente inclui medicação antifúngica.


Caso sejam observadas crostas esbranquiçadas na cavidade oral do bebê, o médico pediatra precisa ser consultado.


Mamilos lesionados, umidade e ambiente abafado são ideais para a proliferação desses fungos. O uso de conchas, protetores e absorventes facilitam ainda mais o aparecimento da candidíase. Por este motivo, deixar o seio arejar por alguns minutos após a amamentação é uma ótima medida preventiva, além de favorecer a cicatrização de eventuais fissuras. Outras medidas importantes são a higienização das mãos antes da amamentação e trocar o sutiã diariamente.


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