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O bebê prematuro: o que esperar e principais cuidados

Atualizado: 7 de set. de 2022

Após a saída da maternidade, é muito importante uma consulta com o pediatra para alinhar o acompanhamento e tirar todas as dúvidas até aquele momento

Um bebê é considerado prematuro quando nasce antes de completar 37 semanas de gestação. A maioria deles, cerca de 80%, nasce entre 32 e 36 semanas. Quanto mais tempo o bebê passa dentro do útero, mais chances de crescer sem complicações de saúde. Assim, de modo geral, quanto menor e mais prematuro, maior será a probabilidade de ter alguma sequela futura.


Em geral, os maiores cuidados são exigidos no caso dos prematuros extremos, ou seja, aqueles nascidos antes de 28 semanas de gestação.

Complicações mais frequentes

Os problemas respiratórios são os mais comuns aos prematuros no nascimento, pois os pulmões não tiveram tempo suficiente para amadurecer até aquele momento. Nestes casos, há deficiência de uma substância chamada surfactante, que é responsável por melhorar a oxigenação.


Quando isso acontece, os bebês podem necessitar de um aparelho de ventilação mecânica ou de um dispositivo menos agressivo, chamado CPAP (sigla em inglês para pressão positiva contínua das vias aéreas) para poder respirar.


Em alguns casos, mesmo após a alta hospitalar, alguns bebês seguem com a oxigenoterapia domiciliar por mais algum tempo.


Além da questão respiratória, há bebês, principalmente os mais extremos, que apresentam problemas cardíacos, hemorragias cerebrais, infecções graves e transtornos intestinais, como a enterocolite necrosante. Por este motivo, durante o período de internação, equipes médicas, de enfermagem e outras especialidades permanecerão monitorando o bebê em tempo integral, para que qualquer anormalidade possa ser detectada o mais rápido possível.


Ainda no hospital, serão monitorados os glóbulos vermelhos no sangue, para diagnosticar possível anemia, que prejudica o crescimento e desenvolvimento, além de agravar outros problemas que possam existir. Caso seja detectada, o tratamento inclui suplementação de ferro ou, em casos extremos, transfusão de sangue.


Bebês prematuros são também mais suscetíveis a ter icterícia, provocada pelo excesso de uma substância chamada bilirrubina, que torna a coloração da pele e dos olhos amarelada. O tratamento é feito por meio de sessões de fototerapia.


Por fim, especialmente no caso de nascimento com baixíssimo peso, abaixo de 1 kg, e naqueles com recebimento de altas concentrações de oxigênio, há o risco de desenvolvimento da retinopatia da prematuridade. Esta doença se desenvolve rápido e pode levar à cegueira se não diagnosticada e tratada adequadamente.


Por este motivo, e por outras questões oftalmológicas mais comuns entre prematuros, como o estrabismo, estes bebês devem ter uma avaliação com médico oftalmologista entre 4 e 6 semanas de vida, bem como o acompanhamento mais frequente do que as crianças nascidas a termo.


As sequelas da prematuridade

Após a saída da maternidade, é muito importante uma consulta com o pediatra para alinhar o acompanhamento dali para a frente e tirar todas as dúvidas. Nesta consulta, o médico adiantará tudo o que se pode esperar e o que fazer ao longo do crescimento e desenvolvimento do bebê.


É importante saber que muitas das regras e tabelas que os pais verão pela frente poderão não servir para o seu bebê. Em muitos casos, a idade precisará ser corrigida para o termo, ou seja, o tempo que faltou para completar as 40 semanas de gestação deverá ser subtraído da idade atual para se chegar à ‘idade corrigida’.


Essa será a idade de referência em algumas situações, como por exemplo em alguns marcos do desenvolvimento ou no momento da introdução alimentar.


O peso e a altura do bebê também poderão ficar um pouco abaixo da média dos bebês da mesma idade. Mas estas diferenças provavelmente deixarão de ser perceptíveis mais ou menos por volta do segundo aniversário.


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