Ajude seu filho a controlar a raiva

A raiva é uma emoção natural e faz parte do nosso dia a dia, assim como das crianças, independentemente da idade. O que mudam são as razões para sentir a raiva e os meios como cada pessoa lida com essa sensação.

Quanto mais nova é a criança, mais difícil lidar com esse sentimento e também canalizar os impulsos que surgem a partir dela. Por este motivo, não é raro encontrar queixas sobre crianças que, em meio a uma crise de raiva, chutam, mordem, atiram objetos e até mesmo batem em quem está por perto.

Precisamos lembrar, em primeiro lugar, que mesmo que a gente ache que não há motivo para aquela reação, para a criança há, e ele é tão legítimo quanto a sua raiva quando alguma coisa no seu dia não sai como você gostaria.

As reações da criança no meio de uma crise de raiva são instintivas, incontroláveis e são importantes para que ela consiga aliviar aquela sensação ruim e se acalmar.

No auge da raiva, gritar, punir ou até mesmo oferecer qualquer estratégia para interromper a crise não será produtivo. A criança não será capaz de ouvir, pensar, avaliar as sugestões e nem mesmo eventuais ameaças.

Ao contrário, mostrar compreensão e oferecer apoio, carinho, um colo, um abraço ou simplesmente estar do lado dela, transmitirão segurança e, aos poucos, ela estará apta a conversar.

Falar sobre o que aconteceu e propor estratégias para uma próxima crise de raiva só devem acontecer quando estiverem todos calmos.

Confira algumas dicas para conduzir melhor uma crise de raiva e, aos poucos, auxiliar a criança a buscar o equilíbrio.

1. Ofereça colo ou um abraço. Se ela aceitar, terá como efeito a liberação de ocitocina, um hormônio produzido naturalmente pelo organismo, capaz de diminuir a agressividade e melhorar o humor

2. Ajude a se acalmar, respirando fundo, olhando pela janela ou abraçando algum brinquedo que ela goste

3. Converse calmamente, explicando que entende que ela esteja nervosa ou triste, e que está tudo bem se sentir assim

4. Quando estiver calma, conte sobre a última vez em que se sentiu como ela e como fez para se acalmar.

5. Tente elaborar, com sugestão da criança, maneiras que poderiam ajudar a se acalmar numa próxima crise e tente lembrá-la desse combinado, na próxima crise

6. Dê o exemplo: todas estas dicas terão menos efetividade se a criança convive com adultos que estão constantemente gritando, brigando e mostrando outras formas de descontrole diante da raiva ao longo do dia

#DraThaisBustamante #Pediatria #Neonatologia #pediatriacomamor #criancafeliz #ApegoSeguro #cheiraflorassopravela