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Principais dúvidas e os inimigos ocultos da alimentação das crianças


Os primeiros anos de vida são marcados por mudanças rápidas no desenvolvimento em diversas áreas, inclusive com relação à alimentação. São tão rápidas que de uma hora para outra aquela criança que comia de tudo de repente não come mais nada. Os alimentos que eram os preferidos, agora são rejeitados. Pouco a pouco, não sobram muitas opções para oferecer uma refeição equilibrada. Estamos a um passo de nos render aos alimentos rápidos, de fácil aceitação, porém pouco nutritivos. É neste ponto que muitas mães, pais e cuidadores acabam recorrendo às telas, chantagens e outras estratégias, em uma tentativa desesperada de fazer com que a criança se alimente.


Calma! Vamos respirar e descobrir onde estão as principais armadilhas, em que ponto podemos intervir, quais os inimigos reais da alimentação das crianças e como ajudar para que o desenvolvimento aconteça como esperado.


O que é um problema e o que não é

Os problemas alimentares podem ser moderados ou graves, transitórios ou crônicos. Enquanto as questões moderadas e transitórias atingem cerca de 25% a 35% das crianças pequenas, os problemas alimentares graves e crônicos ocorrem entre 1% e 2% dos casos.


Entre as queixas nos consultórios pediátricos estão comer demais ou de forma insuficiente, problemas comportamentais relacionados à alimentação e preferências alimentares incomuns ou pouco saudáveis. Estas questões podem levar a comprometimento do crescimento e, em longo prazo, interferir no desenvolvimento e desencadear outros problemas, que repercutirão ao longo da vida.


Em curto prazo, há risco de deficiência de nutrientes importantes e dependência de alimentos com altos teores de açúcar, gorduras e carboidratos refinados. Esses padrões são adquiridos pelo excesso de bebidas e alimentos açucarados, ultraprocessados e falta de frutas, verduras e legumes nas refeições. Entre as consequências, estão deficiências de ferro e outros nutrientes, sobrepeso ou obesidade e seletividade alimentar com base nas qualidades sensoriais dos alimentos, como gosto, textura, cheiro, temperatura ou aparência.


Por onde começar?

Fatores ambientais desempenham um papel importante no comportamento infantil e em sua relação com os alimentos. O contexto em que o alimento é apresentado, assim como a presença de outras pessoas e as consequências esperadas do comer ou não comer contribuem para as reações das crianças aos alimentos.


Hábitos dietéticos pouco saudáveis na família e a ausência de uma rotina alimentar tendem a estabelecer padrões alimentares negativos.


A participação nas refeições de familiares e cuidadores que permitem autonomia ao bebê, que decidirá o momento de se alimentar, a quantidade e o espaçamento entre as refeições ajudam a desenvolver autorregulação e apego seguro. É também importante permitir que a

criança explore o ambiente e os alimentos, oferecendo sempre segurança e limites adequados.


Confira algumas dicas importantes que devem ser incorporadas à rotina, sempre que possível:


• Dê exemplos

Pais, irmãos e cuidadores devem comer na companhia da criança, para que sejam oferecidos modelos e as refeições sejam vistas como ocasiões sociais agradáveis. Comer junto possibilita à criança observar outras pessoas experimentando os alimentos e contribui para a comunicação sobre cada um dos itens presentes no prato


• Permita a exploração

Cuidador controla o que é oferecido, mas a criança controla a ordem, a velocidade e as combinações que fará entre os alimentos. As refeições não devem ser curtas demais, nem longas demais. As crianças devem ter tempo suficiente para comer, principalmente quando ainda estão adquirindo as habilidades para se alimentarem sozinhas


Refeições divertidas

As telas nunca são uma boa combinação com a alimentação. Embora muitas crianças pareçam se alimentar “melhor”, o fato é que elas apenas estão distraídas. Não estão prestando atenção no que estão comendo, no sabor dos alimentos e nem saberão o momento em que estão saciadas. Bebês podem ter um pequeno brinquedo ou talheres coloridos que tornarão o momento divertido, sem tirar o foco do ato de comer.


Nada de chantagens

Chantagens e recompensas associam uma coisa boa a outra ruim: “faça uma coisa ruim, que terá uma coisa boa”. No caso da alimentação, a coisa ruim é a comida. “Coma tudo e terá sobremesa”, ou “coma direito e poderá brincar” são alguns dos exemplos que, aos poucos, levam a criança a associar a refeição a algo que só deve ser feito caso haja uma compensação. Se a recompensa é a sobremesa, ainda pior, pois o doce, o açúcar, soam como um prêmio, algo a ser almejado constantemente.


Não esconda a comida

Mentir não é legal, e devemos ensinar isso dando exemplos. Esconder alimentos na comida é uma mentira que não deve acontecer. Além de forçar a criança a comer o que não quer, ela não aprenderá a comer aquele alimento. Pior ainda será caso descubra o truque, pois terá receio de comer na próxima refeição. É melhor oferecer um item novo de cada vez, em meio a outros já aceitos, e sempre em pequenas quantidades e diferentes preparos, até encontrar um que agrade o paladar da criança.


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© 2021 por Lavhele Tecnologia. Criado com Wix.com. Jornalista responsável: Monica Kulcsar, Mtb 53.329/SP. 

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