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Amamentação


Os índices de aleitamento materno no Brasil estão aumentando, mas ainda precisam melhorar muito, para aproveitar ainda mais todos os benefícios da amamentação, tanto para o bebê como para a mãe. Em média, os bebês no Brasil são amamentados exclusivamente por cerca de dois meses, quando o ideal seriam seis meses. Depois disso, a amamentação deve ser continuada até dois anos de idade ou mais, complementada com outros alimentos.


Essa é a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e de diversas organizações internacionais.


Isso significa que nos primeiros seis meses o bebê não precisará de nada além do leite materno. Nem chá, nem água, nem qualquer outro alimento, salvo raras exceções, que serão avaliadas e orientadas individualmente pelo pediatra.


Os primeiros dias e semanas podem ser determinantes para que a amamentação seja uma realidade na rotina de uma mãe e seu bebê. Oferecer à mãe as informações e orientações necessárias para este momento, bem como a possibilidade de amamentar em livre demanda e posicionando corretamente seu bebê, a fim de evitar fissuras, são alguns pontos fundamentais. Sem isso, a dor, o cansaço e a interferência de bicos artificiais e outros artifícios ineficazes e muitas vezes prejudiciais poderão interferir negativamente no processo da amamentação.


Por este motivo, a consulta com um pediatra desde o pré-natal, as orientações na maternidade e depois o acompanhamento nas consultas pediátricas são fundamentais para o sucesso do aleitamento, para que seja um momento prazeroso entre mãe e filho.


Benefícios muito além dos nutrientes

O aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses traz diversos benefícios ao bebê. Rico em nutrientes, o leite materno é o alimento mais completo e perfeito desde o nascimento.


Bebês amamentados exclusivamente neste período têm menor risco de contrair infecções e algumas doenças na infância, reduzindo internações e problemas de desenvolvimento e crescimento. Também reduz a chance de desenvolver, no futuro, alergias e doenças crônicas, como o diabetes, obesidade, entre muitas outras.


A amamentação beneficia funções como a deglutição e o desenvolvimento da fala e de habilidades físicas, emocionais e intelectuais da criança. Estes benefícios se prolongam por toda a vida e não apenas durante o período da amamentação.


Há, ainda, um importante papel no desenvolvimento social e emocional da criança. A maior interação com a mãe durante as mamadas reforça o vínculo entre eles, oferecendo mais segurança ao bebê, que poderá crescer mais segura e sociável.


Os benefícios para a mãe

O aleitamento materno traz impactos positivos também sobre a mãe, reduzindo níveis de estresse e de mau humor. Isso porque, ao amamentar, ocorre a liberação de endorfina, o hormônio responsável pela sensação de prazer e felicidade.


A mãe que amamenta, em geral, tem uma recuperação pós-parto mais rápida e retorna ao peso que tinha no início da gravidez com mais facilidade, melhorando sua autoestima, e possui riscos menores para o desenvolvimento de diabetes, infarto, câncer de mama e de ovário.


Rede de apoio

Para que tudo isso seja possível, é muito importante que a família e demais pessoas que convivam com esta mãe estejam atentas e possam oferecer apoio sempre que possível.


Embora a mãe seja a única que pode amamentar o bebê, todos os outros podem, de alguma forma, oferecer apoio a esta mãe, seja realizando qualquer outra tarefa enquanto ela amamenta, trazendo algo para ela comer ou beber, ou realizando as demais tarefas com o bebê logo após as mamadas.


Vale lembrar que produzir leite e amamentar são extremamente desgastantes fisicamente. O organismo da mulher pode gastar mais de 500 calorias somente nestes processos. A isso devemos somar as demais tarefas do dia a dia, a privação de sono e as alterações hormonais comuns a este período.


Portanto, compartilhar estes momentos ao lado da mãe que amamenta, apoiando, incentivando e dividindo as demais tarefas com ela, pode ser um fator decisivo para o sucesso do aleitamento materno.

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