O bebê não dorme, o que fazer?

Os 10 principais pontos para entender os mistérios do sono infantil e ter a tão sonhada noite de sono sem interrupções... ou não

O sono é uma necessidade básica de todo ser humano, assim como comer ou respirar. E assim como os demais processos, o sono vai mudando conforme a idade e a maturidade, acompanhando o desenvolvimento de cada criança. Por isso, além dos estímulos externos, há alguns componentes pessoais que fazem com que cada criança seja única em suas necessidades de sono, seus hábitos, horários e naquilo que vai funcionar ou não.

E começamos aqui os principais pontos para entender esse grande mistério que assombra o sono de muitos pais e mães.

1) NÃO EXISTEM REGRAS

Se alguém disser a partir de que idade a criança tem condições de dormir sozinha, a noite inteira, cuidado! Assim como andar ou falar, cada criança tem o seu tempo para chegar à tão sonhada noite inteira sem interrupções. Dormir sozinho pode ser aterrorizante, especialmente para um bebê pequeno. Conforme cresce, é possível passar a mensagem de que ela está segura e, aos poucos, mesmo caso desperte entre os ciclos do sono, voltará a dormir.

2) COMO AJUDAR

É possível oferecer a segurança e o suporte necessários para que a criança durma uma noite inteira. Segurança é a chave de tudo. E o melhor caminho para a segurança é a rotina. Do final da tarde em diante, manter algumas etapas nos mesmos horários, como o jantar , o banho e a leitura de um livro, são um bom caminho.

3) HORA DE DORMIR

Não existe a hora ideal, tudo depende da rotina da casa e dos horários que deverão ser cumpridos no dia seguinte. Mas é sabido que a criança que dorme até às 21h aproveita melhor a melatonina, que é o hormônio que regula o sono. Esse hormônio começa a agir quando o ambiente começa a escurecer. Para melhor proveito, o ideal é manter o mínimo de luzes acesas à medida que a hora de dormir se aproxima.

4) QUANTAS HORAS DE SONO POR DIA

Essa é outra questão que pode variar bastante, especialmente à medida que os bebês crescem. Não há regras nem quanto à quantidade de horas, nem com sonecas. A única certeza é que nos primeiros meses elas precisam dormir mais, chegando a 16 horas de sono, e aos poucos essa necessidade diminui. Mais importante do que contar as horas de sono é observar se a criança está bem disposta quando acordada, se alimentando bem e se desenvolvendo conforme o esperado.

5) QUANDO ACORDAR UMA CRIANÇA

Um dos principais mitos está relacionado à criança que vai dormir melhor à noite se dormir menos durante o dia. Acordar um bebê somente com o objetivo de fazê-lo dormir melhor à noite não é indicado. Uma criança cansada excessivamente pode ficar tão irritada e chorosa que não conseguirá se alimentar adequadamente e terá mais dificuldade para dormir. Assim, ao primeiro sinal de cansaço, o ideal é que já sejam iniciados os preparativos para que a criança possa dormir.

6) A ROTINA DO SONO: O QUE FAZER

Especialmente em uma época em que pais e mães têm cada vez menos tempo com seus filhos, muitas vezes a hora de dormir é um dos poucos momentos em que as crianças enxergam a oportunidade de estar com os pais. Neste cenário, parece difícil ter de largar tudo para ir dormir. Que tal reservar um tempinho após o jantar para estar com eles? Ler livros, conversar sobre o dia, fazer planos para o dia seguinte podem ser uma grande oportunidade de relaxar e se preparar para uma ótima noite de sono.

7) A ROTINA DO SONO: O QUE NÃO FAZER

Para evitar o super estímulo e aproveitar ao máximo a chegada do sono, além da atenção à rotina, é importante afastar as telas, jogos eletrônicos em geral, televisão e sons muito altos. Também deve-se evitar alimentos estimulantes, que são aqueles ricos em açúcar e cafeína. Estes alimentos devem ser consumidos com muita moderação, mas à noite, o ideal é evitar. Vale destacar que a cafeína não está presente apenas no café. Chocolates, alguns refrigerantes, energéticos e até mesmo o chá preto são ricos nesta substância.

8) MANHA NA MADRUGADA

O bebê chora no meio da noite. Não é fome, não é fralda suja. Assim que a mãe pega no colo o bebê se acalma. Há quem diga que é manha. Basta deixar chorar que em pouco tempo o bebê para de chorar e dormirá a noite toda. Deixou de fazer manha? Não, muito provavelmente aquele bebê desistiu de pedir ajuda quando está assustado. O choro é a comunicação do bebê e a única forma que ele tem de pedir ajuda. Deixar de atender ao choro de um bebê pode trazer uma noite inteira de sono sem interrupção em um curto prazo, mas coloca em risco o desenvolvimento afetivo.

9) ATENÇÃO AOS DETALHES

O quarto, a cama e o pijama são detalhes muito importantes para a qualidade do sono. Fique de olho na temperatura, utilize roupas adequadas ao clima, evite ambientes abafados, com excesso de umidade, corrente de vento e proteja da luminosidade, especialmente ao amanhecer. Na cama, antes dos dois anos, não é necessário travesseiro. Se possível, os cobertores também devem ser evitados, uma vez que provavelmente a criança vai se mexer e se descobrir rapidamente. O ideal é usar um pijama que seja suficiente, mesmo nos dias frios.

10) E SE NADA DISSO FUNCIONAR?

O sono da criança é um aprendizado e leva tempo. Para chegar à tão desejada noite inteira de sono, muitas crianças precisam de um tempo maior, outras permanecerão no quarto dos pais e até mesmo em cama compartilhada até se sentirem seguras o suficiente. O mais importante é respeitar a sua criança e a rotina da sua família. Em caso de dúvidas, converse com o pediatra, exponha as suas dúvidas e preocupações e busque alternativas para cada situação.

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