Temperamento, autorregulação e comportamento: o que esperar do seu filho em cada fase

Não mexe aí… fica sentado… hora do banho… não interrompe quando eu estiver falando.. Será que eles estão preparados para tudo isso?

O temperamento de um indivíduo se desenvolve ao longo do tempo. Durante os primeiros meses de vida, já é possível observar diferenças individuais. Mas é ao final do primeiro ano que estas diferenças se tornam mais evidentes, especialmente frente a estímulos novos ou intensos.

No caso do medo, por exemplo, é nesta fase que alguns bebês, passam a ter uma aproximação mais lenta, ou simplesmente não se aproximam. Pesquisas sugerem que o comportamento e as emoções da criança são formadas a partir de características individuais aliadas ao aprendizado social. Cada tipo de temperamento tem vantagens e desvantagens e muito provavelmente determinará os caminhos a serem seguidos por toda a sua vida, incluindo as amizades, estudo, carreira e diversas outras escolhas.

Conforme o temperamento, por exemplo, escolheremos locais de trabalho nos quais podemos controlar o nível de incertezas, limitar interações com estranhos e evitar riscos. Por outro lado, aqueles que evitam riscos são, em geral, os que preferem se manter perto de casa e, assim, deixam de considerar opções de faculdades ou empregos por vezes mais interessantes, com probabilidade de ganhar posições mais desafiadoras.

O começo de tudo

A capacidade de gerenciar a atenção, inibir ou ativar um comportamento sempre que necessário para se adaptar a uma situação é adquirida com o tempo e representa um importante marco no desenvolvimento da criança.

Em geral, estas habilidades melhoram consideravelmente no terceiro ano de vida e devem estar bem estabelecidas a partir do quinto ano, mas pode haver variações que incluem questões individuais e o contexto familiar. O apego seguro tem sido associado positivamente no desenvolvimento deste esforço de controle.

É importante lembrar que antes desta idade é preciso entender as limitações das crianças para desempenhar ações como focar a atenção na presença de distrações. Os pequenos ainda terão dificuldade em não interromper os adultos enquanto conversam, permanecer sentados por longos períodos ou realizar tarefas que não estão com vontade. Vale entender as limitações de cada criança, uma dose de paciência e lembrar sempre que estamos dando o exemplo.

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